Fattelo: uma design startup financiada colaborativamente

Um grupo de designers italiano desenvolveu uma lâmpada que pode ser feita à partir de uma caixa de pizza. Os arquivos digitais e o manual de como fazer foi disponibilizado online.

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A lâmpada em si não tem nada de especial. Ela foi apresentada como um tira-gosto do que essa equipe de designers pode fazer. Eles fizeram uma campanha de crowdfunding e obtiveram o financiamento para abrir a empresa, que desenvolverá projetos similares.

O vídeo abaixo explica como foi o processo de desenvolvimento colaborativo e aberto.

Saiba mais sobre a Fattelo.

Oosterwold, um bairro projetado pelos próprios moradores

A cidade de Almere, construída sobre o mais recente aterro do país, terá um bairro especial onde as leis estritas de urbanismo serão relaxadas em favor da liberdade de projeto dos moradores. Em compensação, eles terão que se responsabilizar por serviços que em geral são fornecidos pelo próprio governo, como energia elétrica, água e esgoto.

Através de um website, os moradores poderão se organizar para dar coerência ao planejamento distribuído. Esse bairro é um experimento que se der certo, poderá se implementado em outras áreas do país.

Saiba mais no site da empreitera responsável.

Entrevista na Revista Cliche

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A Revista Cliche publicou uma entrevista comigo por ocasião do Dia do Design, com o tema Design Livre. Destaco a questão sobre a aplicação prática, enfim, pra que serve, qual é a vantagem, o que que eu ganho com esse tal de Design Livre:

Uma das questões desta metodologia de abrir o design, quando você vai tentar levar o design livre para um lado mais prático, sempre gera o porquê de aplicar o design livre. Quais as vantagens para a comunidade de design se houvesse essa metodologia de ser aberto, abrir processo e ir atrás de mais escopos participativos?

A principal vantagem é a relevância social. O design, hoje, está sofrendo um crise terrível, por ser um dos principais agentes da poluição, consumo de recursos naturais desnecessária. E também a frivolidade dos projetos que participamos como designer profissional. O que somos requisitados, o que a sociedade vê valor no nosso trabalho é para fazer coisas fúteis. O design entra como valor agregado, não é um valor. As pessoas que trabalham com design gostam de acreditar que são mais que isso. E o que entregamos é muito menos do que prometemos. Vejo muitos designers frustrados com isto, no começo da sua carreira você não sabe muito bem o quanto isto vai te apegar. De repente você se vê perguntando para que, cadê a mudança no mundo que eu acreditava, que o design me fez crer quando estava na faculdade lendo um texto bacana? O design livre tem muito foco na prática, não é só um discurso bonito, temos vários projetos que tentam realmente mudar o mundo com essa proposta de relevância social no design.

Leia a entrevista completa no site da Cliche ou baixe o podcast (recomendado).