Eu e Gonzatto publicamos um artigo sobre Design Livre na XRDS: Crossroads, revista dos estudantes de Computação da ACM. Fizemos um apanhado histórico da trajetória recente do Design Livre no Brasil e traçamos as seguintes sugestões:
- Design não é a aparência de algo ou um estágio (inicial ou final) de um processo de desenvolvimento. Design é uma atividade que cria coisas no mundo, coisas que conectam pessoas com diferentes níveis de habilidades. Se for conduzida por um coletivo, a atividade projetual encerra um grande potencial para a inovação social.
- Negociação é uma parte inerente da atividade projetual. Estimular conversas com implicações de design em espaços públicos é uma maneira poderosa de produzir o que as pessoas querem para elas mesmas.
- Ter múltiplos espaços para diálogo é um requerimento para habilitar a diversidade entre os participantes. Nem todo mundo se sente confortável se há apenas uma maneira de participar.
- A motivação para fazer coisas novas não desaparece quando as coisas já estão prontas para usar. Os projetos de Design Livre não começam ou terminam com coisas. A coisa é só um meio para atingir o objetivo de transformar a vida.
Design Livre: designing locally, cannibalizing globally
Design livre is a conversation among Brazilian people interested in recognizing the design made by everybody with the intention of scaling up scattered design efforts. Design livre approaches the matter from a cultural standpoint, positioning design as key activity for resisting the globalization of culture in Brazil. The globalized as much as the localized design knowledge are cannibalized, digested, catalyzed, and brought to action. This conversation recovers topics raised by the century-old Brazilian modernism, which contended radical appropriation of foreign ideas, inspired by the Brazilian native people who ate the first colonizers.
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