WikiHouse

Módulos para imprimir e construir uma casa com poucos recursos.

wikihouse

Estão tentando aplicar nas favelas do Rio de Janeiro. Eles querem criar um ecossistema colaborativo dentro da favela baseada no Open Source.

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O projeto ganhou o prêmio City 2.0 TED 2012.

Eles dizem no seu blog que Design Livre é o vernacular turbinado.

Author: fred

Frederick van Amstel é um dos fundadores do Instituto Faber-Ludens, editor do blog Usabilidoido e coordenador do Living Lab Corais. Bacharel em Comunicação (UFPR) e Mestre em Tecnologia (UTFPR), Frederick vive na Holanda, onde realiza pesquisa de doutorando sobre Design Participativo (Universidade Twente). Frederick foi jurado dos concursos IF Design Awards e Peixe Grande. Prestou consultoria em Design de Interação para empresas como Electrolux, InfoGlobo, Magazine Luiza, Tramontina e Duty Free Dufry.

4 thoughts on “WikiHouse”

  1. Acho inviável dar certo na favela, mas é um bom começo. Pra dar certo, teria que começar a partir do conhecimento da favela, não dos estrangeiros. As favelas do Rio já acumulam conhecimento sobre habitação com recursos precários há dois séculos. Pode não ser bonito para a estética modernista, mas as favelas do Rio fornecem oportunidades de moradia razoáveis, considerando localização, circulação de ar, baixo custo, extensibilidade, uso de materiais locais e, principalmente, o fator principal: sociabilidade. Quem vive na favela não quer sair de lá porque criar e manter vínculos sociais é mais fácil, barato e prazeiroso do que na cidade dos arranha céus.

  2. Quem vive na favela não quer sair de lá porque criar e manter vínculos sociais é mais fácil, barato e prazeiroso do que na cidade dos arranha céus.

    Não posso falar pelo RJ, mas minha experiência aqui no ES não é bem essa não. Nas comunidades onde os projetos de economia solidária deram certo, gerando emprego e renda e contando até com moeda própria, o crescimento econômico das pessoas fatalmente resulta na saída da favela.

    Em 2011, fizemos um projeto financiado pelo CNPq numa comunidade de Vitória onde pude conversar com grupos da economia solidária e líderes comunitários para tentar entender o fenômeno da “diáspora”. A resposta deles foi especialmente simples: gostam da comunidade, pretendem ajudá-la a crescer, mas se puderem sair de lá para morar em um lugar melhor (no sentido de ter uma rede de serviços públicos e privados mais organizada, estrutura física menos precária, menos violência), sairão sem hesitar.

  3. Pois é Hugo, existem vários tipos de comunidades, mesmo no Rio de Janeiro. Tem gente que quer sair e tem gente que quer ficar. É difícil generalizar. Meu tio é sociólogo e trabalhou no projeto Favela Bairro, de urbanização das favelas do rio. Ele me disse que a coisa só começou a funciona quando a prefeitura resolveu dialogar com a comunidades antes de sair derrubando barraco para construir estradas. As pessoas preferiam que derrubasse o barraco e construísse uma casa na mesma região, ao invés de ser removida para um lugar distante, o que já foi feito muito no passado do Rio, vide filme Cidade de Deus.

    Agora tem um outro aspecto também. Ele falou que casas e sobrados funcionam melhor do que prédios, principalmente pelo aspecto sociabilidade. Além dos clássico Pruitt-Igoe nos EUA e Cingapura em São Paulo, tem o caso da Vila Virgen em Buenos Aires que aparece no filme Elefante Blanco.
    http://www.youtube.com/watch?v=2el1OiOR-c4

  4. De fato cada comunidade é um caso. Por isso, não me arriscaria a dizer que sobrados funcionam melhor que prédios por causa da sociabilidade, embora faça sentido naquele contexto. No caso que eu conheci, foram justamente os problemas decorrentes da tal sociabilidade que fizeram as pessoas saírem da comunidade assim que melhoram de condição financeira.

    Infelizmente eu não tenho essa visão global-romântica do habitar na favela. Acho que ela mais atrapalha que ajuda.

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