Free Download: Design sem Designer

Mais ou menos nessa época, lá nos idos de 2012, o esboço do Design sem Designer estava começando a tomar forma. De lá pra cá, pude falar do livro e das ideias contidas nele para diversos grupos de alunos, pesquisadores e mesmo audiências não-especializadas.

A segunda edição do livro, bem como a continuação, estão na fila dos projetos-inacabados-e-sem-previsão-de-conclusão-nesta-era. Por isso, resolvi que chegou a hora de deixar o texto circular livremente pra ver onde mais ele poderá chegar.

Nunca pensei em ganhar dinheiro com esse livro, então a venda serviu apenas para manter os custos de hospedagem da página (01 exemplar vendido por mês = hospedagem mensal paga). A ideia sempre foi dialogar com o maior número de pessoas sobre as contribuições (riquíssimas) que o mestrado e o doutorado na Psicologia trouxeram para o meu entendimento sobre o que seria design.

O livro, nas versões gratuitas (Creative Commons) para download, estão disponíveis de agora em diante no meu sitePDF (7mb) e EPUB (3mb).

PS: Se por acaso este livro for útil em alguma discussão, por favor me avise 🙂

Virei a casaca: serei um design thinker

De uns tempos para cá eu tenho intensificado minhas críticas ao Design Thinking (DT), principalmente por ter observado o aumento no número de afirmações vazias e até irresponsáveis de alguns evangelistas.

Por outro lado, descobri que vários designers que eu respeito, tanto do ponto de vista teórico quanto dos projetos realizados, estão adotando a perspectiva do DT em pesquisas e nas suas atividades no mercado. Não sei se são as pressões da concorrência ou interesse real pela abordagem, então resolvi fazer uma consulta:

Você, que é estudante, colega profissional, professor ou pesquisador adepto do DT, poderia compartilhar comigo (e com os leitores deste humilde tumblr) suas referências ou projetos realizados?

É importante lembrar que eu mesmo sou um colecionador de títulos, projetos e artigos no tema, então eu quero descobrir coisas novas que poderiam, numa possibilidade remota, mudar minha concepção crítica da abordagem. Isso exclui, necessariamente:

Me preparei para ser um design thinker ao longo dos próximos sete dias (18 a 25/03), com o intuito de estudar argumentos que eu desconheço a favor do DT e que sejam dignos de leitura. Aceito posts de blog, indicações de livros, vídeos, relatórios de projeto e qualquer outra coisa que demonstre os diferenciais da perspectiva. Quem puder comentar por aqui mesmo vai ajudar bastante na disseminação das informações para outros interessados.

Por favor não indiquem sem ler nem recomendem coisas que não conhecem. Não ajudem a perpetuar o hype mais do que ele mesmo já se perpetua 😛

Meu objetivo é dar uma última chance à minha teimosia e conseguir ver o que as pessoas que eu tanto respeito estão vendo nessa história toda. O resultado desse estudo virará um curso de extensão a distância (EAD) em 2013/2 e mais um livro devidamente batizado de “A invenção do pensamento do Designer”.

PS: Estou mantendo uma lista atualizada com as referências recebidas aqui.

Núcleo e periferia do Design sem Designer: capítulo a capítulo

Desde que lancei o livro Design sem Designer estou discutindo questões periféricas que ficaram de fora do livro seja por questões de espaço, seja por relevância. São dez posts no total e atualizarei os links desta página na medida em que publicar os textos.

Parte I

  • Post nº 1: O plano do livro.
  • Post nº 2: Falta de espaço e relevância na escolha dos temas do livro.
  • Post nº 3: As contribuições de Christopher Alexander e Victor Papanek.

Parte II – Autonomias

  • Post nº 4: O diagrama ontológico de Bonsiepe no diálogo com Norman, Maturana, Varela, Gibson e muitos outros.
  • Post nº 5: Em busca de uma ecologia do uso.

Seminário + Minicurso Ecologia do Uso

Sobre o Evento
Como realizar na prática a proposta do livro Design sem Designer? Este é o objetivo do evento que consiste em um seminário teórico e um minicurso prático onde os leitores do livro poderão discutir e participar de experiências de projeto na perspectiva da cognição corporificada.

Programação
Sexta, 26 de Abril das 19 às 21h: Seminário (2h)
Sábado, 27 de Abril das 9-13h e 14-18h: Minicurso (8h)

Local
Universidade Federal do Espírito Santo
Centro de Artes – Campus Goiabeiras
Vitória, ES

Informações
http://symbolik.com.br/ecologiadouso

Orgasim: experimentos em cognição corporificada

Comecei a construir um simulador em Processing para testar a cognição corporificada que defendo no meu livro Design sem Designer. Sem representações ou ginástica mental e apenas implementando affordances no sistema, esse robô está acoplado estruturalmente ao ambiente e seu comportamento de perceber-vaguear-desviar-lembrar-esquecer chega a ser surpreendente. É melhor do que tudo que já fiz utilizando computações simbólicas com Lego Mindstorms, por exemplo.

No histórico desse acoplamento, o robô aprende a desviar dos obstáculos oscilando entre a irresponsabilidade e a cautela por meio de uma única função que articula tempo de vida, o nível de stress do organismo e o próprio histórico das interações no ambiente. Não há imagens mentais do ambiente, não há memória explícita (o robô não lembra nem sabe onde estão os obstáculos que não vê, mas aprende sobre a “natureza” deles em relação ao seu próprio corpo e suas ações efetivas) nem é possível descrever o estado do organismo sem considerar o meio. Em pouquíssimo tempo o sistema atinge o equilíbrio e o robô simplesmente não colide mais. O comportamento do bicho é efetivamente “emergente”.

Meu objetivo é começar a oferecer métodos alternativos de pesquisa com usuários em interação humano-computador para quem não aguenta mais esse design mentalista.

Design sem Designer

Hugo Cristo, 2013

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“Apesar do aparente contrassenso do título deste pequeno livro, o conjunto de ideias apresentadas nas páginas que se seguem são extremamente verdadeiras no que tange às minhas concepções filosóficas, científicas e éticas. O objetivo deste livro não é defender alguma forma alternativa para o diverso e, de certa forma, esquizofrênico espectro de atividades humanas rotuladas como Design. Pelo contrário, os textos curtos e ideias concisas aqui reunidas se propõem, irresponsavelmente, a preencher integralmente todas as lacunas e deficiências ontológicas daquilo que chamamos de Design. É certo que tal empreitada gerará o dobro de problemas epistemológicos com as respostas que propõe, mas esse não chega a ser um problema para o objetivo anunciado. Este é um livro-rachadura, não um livro-argamassa.”

Website do livro