Núcleo e periferia do Design sem Designer: capítulo a capítulo

Desde que lancei o livro Design sem Designer estou discutindo questões periféricas que ficaram de fora do livro seja por questões de espaço, seja por relevância. São dez posts no total e atualizarei os links desta página na medida em que publicar os textos.

Parte I

  • Post nº 1: O plano do livro.
  • Post nº 2: Falta de espaço e relevância na escolha dos temas do livro.
  • Post nº 3: As contribuições de Christopher Alexander e Victor Papanek.

Parte II – Autonomias

  • Post nº 4: O diagrama ontológico de Bonsiepe no diálogo com Norman, Maturana, Varela, Gibson e muitos outros.
  • Post nº 5: Em busca de uma ecologia do uso.

Seminário + Minicurso Ecologia do Uso

Sobre o Evento
Como realizar na prática a proposta do livro Design sem Designer? Este é o objetivo do evento que consiste em um seminário teórico e um minicurso prático onde os leitores do livro poderão discutir e participar de experiências de projeto na perspectiva da cognição corporificada.

Programação
Sexta, 26 de Abril das 19 às 21h: Seminário (2h)
Sábado, 27 de Abril das 9-13h e 14-18h: Minicurso (8h)

Local
Universidade Federal do Espírito Santo
Centro de Artes – Campus Goiabeiras
Vitória, ES

Informações
http://symbolik.com.br/ecologiadouso

Orgasim: experimentos em cognição corporificada

Comecei a construir um simulador em Processing para testar a cognição corporificada que defendo no meu livro Design sem Designer. Sem representações ou ginástica mental e apenas implementando affordances no sistema, esse robô está acoplado estruturalmente ao ambiente e seu comportamento de perceber-vaguear-desviar-lembrar-esquecer chega a ser surpreendente. É melhor do que tudo que já fiz utilizando computações simbólicas com Lego Mindstorms, por exemplo.

No histórico desse acoplamento, o robô aprende a desviar dos obstáculos oscilando entre a irresponsabilidade e a cautela por meio de uma única função que articula tempo de vida, o nível de stress do organismo e o próprio histórico das interações no ambiente. Não há imagens mentais do ambiente, não há memória explícita (o robô não lembra nem sabe onde estão os obstáculos que não vê, mas aprende sobre a “natureza” deles em relação ao seu próprio corpo e suas ações efetivas) nem é possível descrever o estado do organismo sem considerar o meio. Em pouquíssimo tempo o sistema atinge o equilíbrio e o robô simplesmente não colide mais. O comportamento do bicho é efetivamente “emergente”.

Meu objetivo é começar a oferecer métodos alternativos de pesquisa com usuários em interação humano-computador para quem não aguenta mais esse design mentalista.